Jump to content

notícia Revolução na cosmologia: Universo pode ter 26,7 bilhões de anos de idade

Rate this topic


elias.girardi

Recommended Posts

010130230711-enigmas-teorias-cosmologicas.jpg.781a17a9158e3a7f3f06caeab3d90309.jpg

Esta é a visão da evolução do Universo mais aceita hoje. Mas ela pode precisar ser esticada, e muito.
[Imagem: NASA/WMAP]

 

Idade do Universo

 

Há décadas, os astrônomos e físicos calculam a idade do nosso Universo medindo o tempo decorrido desde o Big Bang, o que é feito basicamente por duas técnicas: pela idade das estrelas mais antigas ou pela recessão das galáxias, com base no seu desvio para o vermelho.

 

Em 2021, graças a novas técnicas e avanços tecnológicos, a idade do Universo foi estimada em 13,797 bilhões de anos, usando o modelo de concordância Lambda-CDM - λ é a constante cosmológica , hoje mais conhecida como "energia escura", e CDM é um modelo cujo nome é uma sigla em inglês para "matéria escura fria".

 

Mas então veio o telescópio espacial James Webb, que deveria nos mostrar os momentos primordiais do Universo, poucos milhões de anos após o Big Bang. A grande pergunta era: "Como era o Universo em seus primórdios?"

 

O que vimos foi totalmente inesperado: As galáxias vistas pelo Webb, existindo apenas 300 milhões de anos ou pouco mais após o Big Bang, parecem ter um nível de maturidade e de massa que deveriam ter exigido bilhões de anos de evolução cósmica. Em outras palavras, o Universo antigo é muito parecido com o Universo atual. Além disso, essas galáxias são surpreendentemente pequenas, adicionando outra camada de mistério à equação.

 

Esses resultados inesperados vêm causando um rebuliço geral na comunidade científica, mas o professor Rajendra Gupta, da Universidade de Ottawa, no Canadá, acredita ter a resposta: Para Gupta, o que acontece é que o Universo é muito mais velho do que a ciência calculava até agora.

 

"Nosso modelo recém-desenvolvido estende o tempo de formação das galáxias em vários bilhões de anos, dando ao Universo uma idade de 26,7 bilhões de anos, e não 13,7 como estimado anteriormente," disse ele.

 

010130230711-linha-do-tempo-galaxia-mais-distante-1.jpg.c564697650c00e1cbe92e8b7af370cba.jpg

Há outras dúvidas observacionais, como galáxias tão distantes que não deveriam existir.
[Imagem: Harikane et al. - 10.1093/mnrasl/slac035]

 

Teoria da luz cansada

 

A base do raciocínio do professor Gupta é uma teoria de 1929, proposta pelo astrônomo búlgaro Fritz Zwicky (1898-1974), chamada "teoria da luz cansada", que propõe que o efeito de tendência para o vermelho da luz não se deve aos movimentos das galáxias, mas a um fenômeno que faria com que os fótons perdessem energia enquanto viajavam por distâncias cosmológicas.

 

Essa teoria foi deixada de lado porque ela não bate com vários aspectos observacionais, como a clareza das imagens dos objetos mais distantes, que deveriam ficar borrados se a luz realmente se cansasse, o espectro termal da radiação cósmica de fundo, o brilho superficial das galáxias e a dilatação temporal das fontes cosmológicas.

 

Mas o professor Gupta acredita que dá para reviver a teoria, o que nos permitiria fugir da interpretação aceita hoje para o desvio para o vermelho, que propõe que o comprimento de onda da luz aumenta (ela fica mais vermelha) devido à maior velocidade dos corpos celestes mais distantes, que estão se afastando a velocidades cada vez maiores devido à expansão do Universo.

 

"Permitindo que essa teoria coexista com o Universo em expansão, torna-se possível reinterpretar o desvio para o vermelho como um fenômeno híbrido, em vez de puramente devido à expansão," propõe ele.

 

010130230711-supernova-inconstante-hubble.jpg.3aacaa6417b92e031833c4f220d1a06f.jpg

Também têm aumentado os indícios de que a constante de Hubble pode não ser constante.
[Imagem: ESA/Hubble]

 

Constantes de acoplamento

 

Além da teoria da luz cansada de Zwicky, Gupta valeu-se da ideia de "constantes de acoplamento" em evolução, uma hipótese lançada por Paul Dirac (1902-1984). As constantes de acoplamento são constantes físicas fundamentais que governam as interações entre as partículas.

 

Segundo Dirac, essas constantes podem ter variado ao longo do tempo. Ao permitir que evoluam, o prazo para a formação das primeiras galáxias observadas pelo telescópio Webb em altos desvios para o vermelho pode ser estendido de algumas centenas de milhões de anos para vários bilhões de anos.

 

Isso forneceria uma explicação mais plausível para o nível avançado de desenvolvimento e de massa observados nessas antigas galáxias pelo novo telescópio espacial.

 

Além disso, Gupta sugere que a interpretação tradicional da constante cosmológica, que representa a energia escura responsável pela expansão acelerada do Universo, precisa de revisão. Em vez dela, ele propõe uma constante que explique a evolução das constantes de acoplamento. Essa modificação no modelo cosmológico ajudaria a resolver o quebra-cabeça das pequenas dimensões das galáxias observadas no início do Universo pelo Webb.

 

Fonte: https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=idade-do-universo-26-7-bilhoes-anos&id=010130230711

 

Link to comment
Share on other sites

Join the conversation

You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.

Guest
Reply to this topic...

×   Pasted as rich text.   Restore formatting

  Only 75 emoji are allowed.

×   Your link has been automatically embedded.   Display as a link instead

×   Your previous content has been restored.   Clear editor

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

SOBRE O ELETRÔNICABR

EletrônicaBR é o melhor fórum técnico online, temos o maior e mais atualizado acervo de Esquemas, Bios e Firmwares da internet. Através de nosso sistema de créditos, usuários participativos têm acesso totalmente gratuito. Os melhores técnicos do mundo estão aqui!
Técnico sem o EletrônicaBR não é um técnico completo! Leia Mais...
×
×
  • Create New...