Se você não chegou a ler uma notícia sobre o Magic Cube, talvez não tenha ideia do que é este produto. Na verdade, este dispositivo não é um cubo, tampouco tem algo a ver com mágica. O Magic Cube é um teclado a laser que pode ser utilizado em smartphones e tablets através de uma conexão Bluetooth.
Quando ele foi anunciado, muitas pessoas ficaram boquiabertas com o salto de tecnologia da Celluon e pensativas quanto à enorme quantidade de atividades que seria mais fácil de realizar com a ajuda do aparelhinho. Demorou certo tempo até que o teclado de projeção fosse lançado, mas ele chegou e, claro, você confere a análise completa aqui no Tecmundo.
Quando vimos o Magic Cube pela primeira vez, ficamos impressionados com o visual. Apesar de discreto, o formato do aparelho deixa qualquer um curioso. No topo, há um espaço para que o laser projete as teclas numa superfície. Um pouco abaixo fica uma câmera que detecta os botões pressionados. Claro, a surpresa acaba uma vez que você ligue o aparelho, mas, de qualquer forma, o Magic Cube parece ser um acessório do futuro.
A ideia principal do Magic Cube é atuar como um teclado alternativo aos modelos virtuais que são utilizados nos sistemas operacionais de telefones e tablets. Além disso, o produto visa oferecer portabilidade para quem precisa digitar com rapidez e produzir muito conteúdo em aparelhos que não ofereçam um teclado físico.
Nesses quesitos, podemos dizer que o Magic Cube consegue pontos positivos. Também notamos que o aparelho apresenta boa velocidade na hora de inicializar, característica importante para pessoas que não têm muito tempo a perder. Em questão de segundos, a projeção a laser exibe o teclado na superfície em que você coloca o dispositivo.
Na hora de digitar, percebemos que o produto reconhece a digitação com facilidade, transmitindo os caracteres pressionados para o smartphone ou tablet a que foi conectado. A projeção do teclado tem um tamanho razoavelmente bom, suficiente para acomodar dedos grandes e para exibir todas as teclas necessárias para a digitação de um texto completo.
O Magic Cube é um produto que já nasceu maduro, afinal, ele oferece suporte para uma grande gama de dispositivos. Segundo a fabricante, o teclado pode ser usado em produtos com sistema iOS 4 (ou superior), Android 2.0 (ou superior), Windows Phone 7, Windows 7, Vista e XP.
Não há restrições quanto à compatibilidade com dispositivos portáteis. Assim, você pode usar o Magic Cube no iPad, num tablet com Android ou em qualquer smartphone que use o sistema operacional da Google. Em nossos testes, realizamos verificações em smartphones e tablets com iOS e Android.
Durante nossos testes, percebemos que o Magic Cube é um acessório muito útil para tablets, afinal, com ele você pode usar a tela do seu gadget apenas para visualizar o texto, e utilizar uma superfície para digitá-lo com rapidez. Claro, em smartphones também é possível realizar o mesmo tipo de tarefa, mas a diferença consiste no tamanho do display.
O Magic Cube ainda oferece a funcionalidade de mouse. Com apenas duas teclas é possível ativar o cursor na tela do dispositivo. A utilização é simples, sendo possível realizar movimentos com mais de um dedo. A resposta do mouse é boa, mas em algumas situações ele não se comporta muito bem. AInda que interessante, esse recurso não oferece tanta liberdade quanto o controle via toque na tela.
Muitos problemas técnicos
Se por um lado o Magic Cube é um produto revolucionário, por outro ele não passa de apenas uma bugiganga para dar dores de cabeça. Para realizar um teste bem preciso, tentamos conectar o dispositivo a uma série de aparelhos. Com o iPhone 3GS, o iPhone 4 e o iPad 2, não tivemos quaisquer problemas para sincronizar o teclado e utilizá-lo.
Já com o sistema Android, surgiu uma série de incompatibilidades. Para testar, usamos um Sony Ericsson Xperia PLAY, um HTC Sensation e um Motorola Xoom. No tablet, nenhum erro apareceu e o teclado funcionou perfeitamente.
Contudo, tivemos uma série de inconvenientes para conectar o teclado aos smartphones. Depois de muito tentar, baixamos o driver da Celluon. Resultado? Com o Xperia PLAY, até foi possível parear o dispositivo, mas não tivemos sucesso na hora de digitar. Usando o HTC Sensation, nem sequer conseguimos realizar a conexão.
Tudo bem, nos contentamos em usar o Magic Cube nos dispositivos com iOS. Aproveitamos a tela do iPad 2 para realizar os testes. O primeiro inconveniente? Cada tecla pressionada acompanha um som específico.
A ideia seria genial, caso houvesse uma opção para desativar a resposta sonora. Por quê? O recurso é muito bom para você saber que pressionou uma tecla e, aos poucos, reconhecer o áudio dela, mas, depois de alguns minutos, fica simplesmente insuportável aguentar os bipes constantes que o aparelho reproduz. Como não houve maneira de contornar os ruídos, tivemos de nos acostumar.
Problemas de sensibilidade e reconhecimento de teclas
Nossos testes com o Magic Cube foram o suficiente para perceber que o teclado de projeção de laser ainda não é uma grande revolução. O produto apresenta certos problemas de sensibilidade, fazendo com que determinadas letras sejam inseridas mesmo quando você não as digitou. A frequência? Raramente, mas isso pode incomodar.
Um aspecto que deixa a desejar é a funcionalidade em determinados tipos de superfície. Os resultados foram excelentes quando trabalhamos com o teclado em mesas de madeira de cor branca. Contudo, tivemos péssimas experiências com suportes de outras cores e materiais. Nem pense em usar o teclado em uma superfície reflexiva.
Vale a pena
Sinceramente? Não vale a pena comprar o Magic Cube. Ele pode até oferecer uma nova experiência com produção de textos em gadgets, mas os problemas de incompatibilidade, o alto preço e a falta do layout ABNT2 inviabilizam quaisquer recomendações de nossa parte.
Talvez, com o aperfeiçoamento do produto e com uma redução significativa no custo, teclados como esse possam fazer parte de nossos acessórios essenciais. Por ora, vale muito mais a pena carregar um teclado Bluetooth comum.
fonte:https://www.tecmundo.com.br/teclado/19144-analise-magic-cube.htm