O Ben está certo, tem vários fatores que afetam a condutividade elétrica, como a umidade do ar, os componentes presentes nesta umidade.
Sobre choque elétrico:
O corpo humano, não só pela natureza de seus tecidos como pela grande quantidade de água que contém, tem comportamento semelhante a um condutor elétrico, ou seja, conduz corrente elétrica.
Ao percorrer o corpo de uma pessoa, a corrente elétrica provoca a contração dos músculos, causando a sensação de formigamento e dor, proporcional à intensidade da corrente, podendo chegar a provocar queimaduras, perda de consciência e parada cardíaca.
É importante salientar que devemos distinguir a ação da corrente elétrica sobre os nervos e os músculos. Em relação aos nervos, devemos diferenciar os nervos sensitivos e nervos motores. A ação sobre os nervos sensitivos dá sensação de dor, já a ação sobre os nervos motores dá uma comoção (choque). A corrente elétrica passando pelo músculo produz nele uma contração.
Quando uma pessoa está com o corpo molhado a resistência oferecida à passagem da corrente diminui; então a intensidade da corrente aumenta e o choque é mais intenso.
Os efeitos danosos do choque são o resultado da passagem da corrente elétrica através do corpo humano, e não através da voltagem, como muitos pensam.
Quando se estabelece uma diferença de potencial entre dois pontos do corpo humano, flui uma corrente elétrica através dele, cuja intensidade depende da diferença de potencial e da resistência entre os pontos do corpo.
A resistência ôhmica do corpo varia de indivíduo para indivíduo. A epiderme seca tem uma resistividade que depende do seu estado de endurecimento (calosidade). Esta é maior nas pontas dos dedos do que na palma da mão, e maior nesta do que no braço. A pele molhada diminui a resistência de contato, permitindo assim a passagem de maior intensidade de corrente elétrica. Só por curiosidade a resistência entre as orelhas vale cerca de 100 Ohms.
Atividades musculares, como a respiração e os batimentos cardíacos, são controladas por correntes elétricas muito pequenas, conduzidas pelo sistema nervoso. Correntes causadas pela exposição a tensões elétricas externas, dependendo da sua intensidade e freqüência, podem ocasionar graves transtornos, como a paralisia respiratória, a fibrilação ventricular ou mesmo uma parada cardíaca.
A sensação de choque elétrico surge quando passam pelo corpo correntes de intensidades superiores a 1 mA. Acima de 10 mA, observa-se dor e dificuldades de se soltar decorrente da contração muscular. Por volta de 20 mA a respiração torna-se difícil, podendo cessar totalmente antes mesmo de se atingirem 80 mA.
Correntes entre 100 mA e 200 mA são fatais, as paredes ventriculares do coração passam a executar contrações descontroladas (fibrilação), por outro lado correntes acima destas intensidades não são tão perigosas pois geralmente as contrações são tão violentas que travam o coração e impedem a fibrilação, estas correntes, costumam provocar desmaios e queimaduras mas a probabilidade de morte é menor que as correntes situadas entre 100 mA e 200 mA.
O que torna a fibrilação ventricular particularmente perigosa é que uma vez iniciada raramente cessa espontaneamente, devendo o batimento cardíaco normal ser restaurado com auxílio médico. Correntes elétricas conduzidas por partes menos vitais do corpo, por exemplo, entre os dedos polegar e indicador da mesma mão, tem valores toleráveis bem maiores. Isto não elimina a possibilidade de haver danos graves, como queimaduras locais. O choque elétrico entre uma mão e outra é sem dúvida um dos mais perigosos, pois no percurso da corrente elétrica está o coração.
O corpo humano é mais sensível à corrente alternada de freqüência industrial (50/60 Hz) do que à corrente contínua. O limiar de sensação da corrente contínua é da ordem de 5 miliampères, enquanto que na corrente alternada é de 1 miliampère. A corrente elétrica passa a ser perigosa para o homem a partir de 9 miliampères, em se tratando de corrente alternada, e, 45 miliampères para corrente contínua.
Os efeitos do choque elétrico variam de pessoa para pessoa, e dependem principalmente das condições orgânicas da vítima. Pessoas com problemas cardíacos, respiratórios, mentais, deficiência alimentar, etc., estão mais propensas a sofrer com maior intensidade os efeitos do choque elétrico. Os idosos submetidos a uma intensidade de choque elétrico relativamente fraca, podem sofrer sérias conseqüências.
Os sintomas mais comuns após uma descarga elétrica são:
* Contrações musculares;
* Tetanização dos músculos;
* Aquecimento do músculo, órgão e sangue;
* Queimaduras dos ossos, músculos, órgãos, pele, etc..
* Parada respiratória;
* Parada cardíaca;
* Problemas mentais;
* Perdas de memória;
* Prolapso em órgãos ou músculos;
* Problemas renais;
* Retensão sangüínea;